Como se relacionar com as entidades na Umbanda?
- 18 de abr.
- 2 min de leitura
Entidades na Umbanda; Linhas de trabalho; Relação; Incorporação.

Depois de conhecer as linhas de trabalho e entender quem são os guias espirituais da Umbanda, é natural surgir a dúvida: e agora? Como me relaciono com essas entidades? Será que posso conversar com elas? Pedir ajuda? Como sei se estão me ouvindo? E quando me consulto, como absorver o que dizem?
Neste post, vamos falar sobre como cultivar uma relação saudável, respeitosa e verdadeira com os guias espirituais que atuam na Umbanda.
1. Confiança e entrega: o primeiro passo
Antes de qualquer coisa, é importante confiar. Não no sentido cego, mas no sentido aberto: permitir-se viver a experiência espiritual com o coração desarmado. Os guias trabalham com amor e caridade — e mesmo que às vezes digam coisas difíceis de ouvir, estão sempre ao nosso lado para ajudar no que realmente precisamos, e não apenas no que queremos.
Confiança é saber que, mesmo sem entender tudo, há ali uma sabedoria maior em ação.
2. Entidades não fazem milagres: elas mostram caminhos
Um erro comum é acreditar que Exu, Caboclo ou Preto-Velho vão “resolver” todos os problemas da nossa vida como mágica. As entidades não são solucionadores automáticos, nem estão aqui para tirar nosso livre-arbítrio.
Elas mostram caminhos, orientam, abrem portas e retiram o que nos atrapalha — mas a caminhada é nossa. Fé, foco e atitude são sempre necessários.
3. Interprete com o coração e com bom senso
Nem tudo o que uma entidade diz será literal. Muitas vezes, os guias falam com símbolos, metáforas ou expressões que fazem mais sentido no sentir do que na razão lógica.
Se algo parecer confuso, não tenha medo de perguntar (com respeito), ou então leve pra reflexão e permita que o entendimento amadureça com o tempo.
4. Não crie dependência espiritual
A Umbanda ensina autonomia. Consultar-se com frequência é válido, mas transformar a entidade em “muleta” para qualquer decisão pode prejudicar sua caminhada. As entidades querem te ver crescer, decidir, errar e aprender.
Elas caminham ao lado, não no lugar de ninguém.
5. Cultive a relação também fora do terreiro
A conexão com os guias não termina quando a gira acaba. Você pode conversar com eles em casa, fazer uma oração, acender uma vela com fé, ouvir um ponto cantado, tomar um banho de ervas...
O importante é manter o respeito e a sintonia. Os guias não exigem rituais complexos — eles se aproximam de quem cultiva verdade, humildade e gratidão.
Conclusão
Relacionar-se com os guias espirituais da Umbanda é um caminho de aprendizado constante. Eles não querem perfeição, querem verdade. Não querem idolatria, querem confiança. Não querem seguidores, querem aliados na construção de um mundo com mais luz.
Aproxime-se com o coração aberto, e permita-se sentir o que a razão ainda não consegue explicar. A espiritualidade não impõe: ela convida.
Axé! Bruno Pereira - Pai Pequeno




Excelente artigo! Muito elucidativo, parabéns e obrigado por compartilhar!
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