Orixás na Umbanda: princípios divinos e suas vibrações
- 4 de jul.
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Na Umbanda, muito se fala sobre os Orixás. Mas, para compreendê-los verdadeiramente, é preciso ir além das imagens populares ou das associações com religiões afro-brasileiras como o Candomblé. Na Umbanda, os Orixás não são espíritos que incorporam: eles são forças divinas, princípios universais que regem a criação e sustentam o equilíbrio do universo.
O que são os Orixás na Umbanda?
Os Orixás são emanações diretas de Deus (Olorum). Eles representam aspectos da natureza divina que se manifestam no mundo em forma de vibração, energia e fundamento. Cada Orixá rege um campo da vida e da Criação — como o amor, a justiça, a fé, a geração, a transformação, o conhecimento, entre outros.
Eles são os regentes dos Tronos da Umbanda, pilares espirituais que organizam o trabalho dos guias espirituais e a atuação das linhas de trabalho.
Os Orixás são cultuados com reverência, fé e respeito. Não são espíritos individuais, mas sim potências divinas com presença universal.
Orixás não incorporam
Na Umbanda, quem incorpora nos médiuns são os guias espirituais — como Caboclos, Pretos-Velhos, Exus, Crianças, etc. Os Orixás não incorporam, pois pertencem a uma vibração tão elevada e pura que não se manifesta diretamente por meio da mediunidade.
O que sentimos em uma gira consagrada a determinado Orixá é a sua vibração, sua força espiritual sendo canalizada no ambiente através dos pontos cantados, toques, cores, elementos e firmezas.
As vibrações dos Orixás
Cada Orixá carrega uma vibração específica. Eles não atuam de forma isolada, mas sim em conjunto, equilibrando o universo e nossas próprias jornadas.
Abaixo, alguns exemplos:
Oxalá: rege a fé, a espiritualidade e a paz interior.
Oxumaré: vibração do amor que une, da renovação e da transformação.
Oxum: amor materno, prosperidade, doçura e acolhimento.
Ogum: coragem, ação, justiça, caminhos abertos.
Xangô: equilíbrio, retidão, justiça divina.
Oxóssi: conhecimento, busca, fartura, concentração.
Iansã: movimento, transformação, verdade e ventos.
Obaluaê: cura profunda, superação, regeneração.
Nanã: sabedoria ancestral, aceitação, maturidade espiritual.
Iemanjá: geração, maternidade universal, proteção da vida.
Esses e outros Orixás atuam conforme os princípios dos Tronos, sustentando a vida e as manifestações espirituais.
Orixás, natureza e arquétipos
Os Orixás também se manifestam na natureza: nas águas, florestas, montanhas, ventos, trovões, minerais, mares, caminhos. A natureza é expressão direta dessas potências divinas.
Além disso, cada Orixá representa um arquétipo, ou seja, um padrão simbólico universal. Isso nos permite compreender seus ensinamentos de forma intuitiva e aplicar esses princípios em nossa vida.
Conclusão
Compreender os Orixás na Umbanda é reconhecer que eles são parte viva da Criação. Eles não falam conosco diretamente por meio da incorporação, mas nos tocam com sua presença em cada ponto cantado, em cada elemento da natureza, em cada valor que vivenciamos com fé, amor e respeito.
Na Umbanda, cultuar os Orixás é alinhar-se com as leis divinas do universo. É entrar em sintonia com os Tronos que sustentam tudo o que somos.
Axé!
Pai Pequeno Bruno Pereira
Deus é maravilhoso.